Projeto de Produção de Distribuição de Gel Antisséptico
OBJETIVO
A produção de um gel antisséptico alternativo ao álcool gel 70%, promovido pela OMS e ANVISA, bem como sua distribuição entre famílias em situação de vulnerabilidade social dos quilombos e comunidades cariocas.
JUSTIFICATIVA
Como medida de prevenção ao Coronavírus (COVID-19), as instituições internacionais, federais e estaduais recomendam a higienização das mãos com frequência com água e sabão ou álcool em gel. Entretanto, grande parte da população que vive em quilombos e comunidades, assim como outras em outras áreas de vulnerabilidade, apresentam elevada concentração populacional e têm acesso precário à água potável e produtos de higiene, dificultando assim a prevenção. Além disso, o álcool em gel encontra-se escasso e a preços elevados no mercado devido à grande procura pelo produto e à falta do espessante carbopol no cenário mundial.
Será aplicada a metodologia de produção de gel antisséptico recomendada pela OMS e pela ANVISA, bem como seu controle de qualidade, em laboratórios parceiros e certificados para trabalhar com substâncias químicas. O produto gerado será embalado em frascos, selecionados de maneira a se diferenciarem de um produto alimentício, além de rotulados e armazenados de acordo com as normas da ANVISA e OMS antes de serem embalados e entregues às ONGs responsáveis pela distribuição.
As famílias foram selecionadas de acordo com critérios alinhados às ONGs parceiras, levando em consideração, quando disponível, a renda familiar, o número de indivíduos por moradia, a existência de membros portadores de doenças relacionadas ao desenvolvimento de quadros mais graves do COVID-19, dentre outros fatores.
A distribuição dos frascos para as famílias selecionadas foi realizada através de entrega direta nos lares ou a retirada em horários e pontos estratégicos da comunidade onde habitam, a fim de evitar a formação de aglomerações. Em ambos os casos serão seguidas as recomendações da OMS para que seja evitado o contágio pelo vírus, através da utilização de máscaras pelos voluntários das ONGs, bem como a manutenção de distâncias entre indivíduos e da higienização constante das mãos e de superfícies.
Apoio Financeiro e Parceiros (Trabalho em Rede)
O projeto foi selecionado através do edital de apoio Emergencial contra o coronavírus do Fundo Baobá para Equidade Racial e foram obtidas doações diretas e online, pelo Catarse. Para o desenvolvimento deste projeto de maneira eficaz e de acordo com as normas da OMS e ANVISA, foi desenvolvido um trabalho em rede com diversos parceiros e apoios logísticos. O Engenheiros Sem Fronteiras – Brasil se trata de um parceiro estratégico para a divulgação e desenvolvimento de estratégias para que sejam angariados mais recursos e parcerios.
Parte das matérias-primas foi obtida através de doação realizada pelo Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, que também será um parceiro importante para a divulgação do projeto. Enquanto isso, o Laboratório de Termodinâmica Molecular e Aplicada da Universidade Estadual do Rio de Janeiro ficou responsável pela produção do gel antisséptico de acordo com as normas da OMS e Anvisa.
Após a embalagem e rotulagem do produto final, este será distribuído entre as famílias mais vulneráveis por ONGs pertencentes às comunidades mais afetadas pelo COVID-19 e identificadas pela ONG ComCat (Comunidades Catalisadoras).
Estas ONGs, que também serão responsáveis pelo registro da doação, receberão um kit contendo frascos rotulados de 430ml de álcool glicerinado, folhetos com orientações de prevenção ao COVID-19 e um banner do projeto. Também contam com apoio financeiro para o deslocamento para deslocar os frascos até as suas respectivas comunidades, auxiliando assim a questão logística.
As ONGs que atualmente fazem parte do apoio logístico são a Associação Beneficente AMAR (comunidades na região do Grajaú e Duque de Caxias), Associação Cultural do Quilombo do Camorim (ACUQCA) (Quilombo do Camorim), Cooperativa Transvida (Complexo da Penha) e Frente de Mobilização da Maré (Complexo da Maré). Pretende-se atender pelo menos 100 famílias em situação de vulnerabilidade através de cada uma destas ONGs e, com o passar dos meses, atendê-los através do refil dos frascos e atualização do lote dos rótulos, reduzindo desta forma o risco de destinação inapropriada dos frascos usados e mantendo a rastreabilidade do produto.
Que legal esta ação!
Que legal!